terça-feira, 21 de julho de 2015

Presença do amor de Deus - Júnior Gameleira

Tudo o que nós precisamos é de amor. Ao compreender a essência desse ensinamento, desvendamos o propósito da vida.
Na correria diária, esquecemo-nos muitas vezes de parar para refletir, agradecer e, principalmente, amar. Mas, hoje, graças a um cena linda, parei.
Enquanto eu estava entre risos e conversas, eis que um senhor se aproximou de uma funcionária do estabelecimento que fui jantar com duas amigas. Com uma mochila de lado, vestes rasgadas e olhar desconcertado, disse baixinho: "- Moça, me dê alguma coisa para comer." Obteve como resposta: "- Espera só um pouco, vou entrar e já volto. Quer ver com as meninas lá dentro?". O senhor completou: "Estou com muita fome, mas... moça... eu não tenho dinheiro". E baixou a cabeça.
Antes mesmo que eu pudesse ajudar, percebi que os donos do estabelecimento o fariam com todo o carinho e atenção que devemos tratar nossos semelhantes, sejam eles conhecidos ou estranhos, de boa aparência ou machucados pela vida. Foi então que de um pouco mais distante, uma voz ecoou: "Espera só um minuto!".
Não demorou muito, a voz que pediu para aguardar foi a da mesma pessoa que preparou um sanduíche com toda a generosidade possível e entregou-o, junto com um refrigerante, ao senhor ora faminto. No percurso até a entrega do alimento, já foi perceptível as lágrimas que queriam brotar dos olhos daquele homem. Creio que nos meus e nos das minhas amigas também.
Por cerca de cinco segundos, apenas admirou a comida que estava à sua frente. Logo após, parou e fitou com seus olhos marejados os olhos das meninas gentis que permitiram, com aquele gesto, que sua fome fosse saciada por mais uma noite. Foi justamente nessa hora que eu parei. E confesso que, por mais que tente, não consigo descrever a força e a sutileza desse encontro de olhares que eternizou o momento ainda marcado pelo sinal da cruz feito como símbolo de agradecimento.
Timidamente, o senhor atravessou a rua e só então percebemos que seu choro se tornou mais intenso. Mais uma pausa. Olhei para minhas amigas, igualmente chorávamos. Igualmente contemplávamos a cena que nos salvou o dia...
Creio que os ensinamentos bíblicos não sobrevivem de teorias. São nesses senhores que vejo a face de Jesus. E nas pessoas que hoje foram solidárias, renovo minha fé e enxergo a esperança em dias melhores. Oro para que Deus fortaleça em mim a capacidade de ver nos meus semelhantes a sua imagem. E que minha vontade de fazer o bem não feneça mediante a propagação de tanto ódio. Afinal, já foi dito no início: tudo o que nós precisamos é de amor.



Compartilho com vocês esse texto lindo e que retrata uma cena real vivenciada pelo meu amigo Júnior ( a quem agradeço por permitir-nos ler tão belo exemplo). São em cenas simples que Deus nos visita e nos permite demonstrar quão maravilhoso é o dom da vida.afinal ele ensinou aos seus discípulos através de parábolas e esta cena acima descrita pode ser entendida como uma parábola da vida moderna,pois em meio a dias turbulentos ainda há muito espaço para o amor entre os semelhantes.Que Deus possa visitar a cada um de nós diariamente e nos trazer aprendizagem.

domingo, 19 de julho de 2015

Matuto apresenta a região centro-oeste - alunos do 3º ano do ensino médio da E.E.C.R

Um matuto na cidade.
Boa tarde “perfessora”,
Me chamo Chicão,
Venho lá do Mato Grosso
Terra do meu coração.
Vou te contar a história
Do dia que conheci a “capitar”
Brasília é mesmo linda
É “difici” dela num se agradar.
Logo ao chegar lá
Eu vi um “homi” estanho
Se chamava Oscar “nimair”,
Só falava nos seus “prano”.
Meu nome é Oscar Neymaier,
Sou arquiteto renomado!
Fui eu que projetei Brasília
Por isso meu nome por todos é lembrado.
O chamei pra “prozear” mais
Mas nem me deu “os cabimento”,
Disse que “tava” apressado,
Tinha que preparar o cimento.
Vê se pode uma coisa “dessa”?!
Me deixar falando sozinho.
Também não quis mais saber de papo
E sai pilotando meu carrinho.
Quando ia pelo caminho
Um som me chamou atenção,
Era um batuque diferente
Eles eram a Legião.
Parei pra escutar um cadinho
Mas não gostei do muito do som
Esperava mermo que eles tocassem
O velho sertanejo do “bão”!
Olá eu sou Renato Russo
Vocalista da Legião
Toco rock e mpb,
Sou brasiliense de coração.
“Cá pra nois perfessora”?!
Eles eram “mei lezados”
Só gritavam ainda é cedo
Tive que dizer que “tava” atrasado.
Continuei o meu passeio
Até o palácio do “Pranalto”,
O bairro mais perigoso
Lá vivi tendo assalto.
Logo que desci do carro
Dona “Dilminha” vi acenar
Voltei batendo o pé na bunda,
Para o cartão do bolsa “famía” num tomar.
Oi eu sou a Dilma
Concorro à eleição
Se eu ganhar prometo
Não haverá mais inflação.
Eu sou matuto, mas não besta.
Não caio nessa “cunverssa”
Pois com 50 anos de vida
Ainda não conheci esse politico que presta!
Me bateu uma saudade do Mato Grosso
Da viola pra eu tocar
Dos “boi” pra mim tanger
E da “muié” para namorar.
Lá tudo é mais “simpres”
Não tem esses “preidão”
Feliz é quem tem sua casinha
E sua terra para “prantar” feijão.
Sinto falta também dos “cumê”
Da galinha Caipira, da vaca atolada,
Da pamonha doce
E também da panelada.
Mas lá também “ta” tudo “muderno”
Já não toca mais Leonardo
O que virou moda agora
Foi o sertanejo arroxado.
As letras são esquisitas
Só toca esse “tchê tchê rê tchê tchê”
Outra que também faz sucesso
É o “bará bará berê”.
O “vistuaro” também mudou
Só andam bem arrumado
Usam umas calças justas
Ficam parecendo viado.
Lá trabalho com gado
Vendo para toda a região
Essa é minha maior riqueza
Junto com as “prantação”.
Mas fui andar mais um pouquinho
E uma moça me chamou a atenção
Usava uma bermuda pequena
De matar o “véio” do coração.
Oi meu nome é Kelly
Adorei o seu carão
Deixe-me entrar um pouquinho
Pra te mostrar o que é diversão.
Eu fiquei “mei” abestado
Mas não da pra mim não
Só penso na minha Maria
Minha “véia” do coração.
Chicão meu amor
“Vorte” logo aqui “pa” fazenda
Pra cuidar da “prantação” de soja
E também da sua morena.
Vou “findando” o meu passeio
Vou voltar para o Mato Grosso
Não consigo me acostumar
Com essas “muié” que só tem pele e osso.
Lá sim é que é vida
No meu pantanal
Com a “prantação” de soja
E o verde do milharal.
Até algum dia minha gente
Eu vou, mas um dia ei de voltar
Toda região tem sua beleza
Uma delas há de lhe agradar.
Cuide logo meu “véio”
“Vamo” lá “pro” Mato Grosso
Os barrigudos tão com fome
E o feijão tropeiro “ta” bom e gostoso.
Estou voltando meu povo
Para lembrar dos meus projetos
São mesmo obras primas
O marco do Centro-Oeste.
Aqui é terra do rock,
Sertanejo e universitário
Luan Santana, Munhoz e Mariano
São dois representantes dos vários.
Esse dois gatinhos
Já passaram pela minha mão,
Visite a minha Brasília
E venha conhecer o meu colchão.
A coisa está mesmo feia
Falo em nome da presidência
Mas prometo contornar
A situação com persistência.
Para isso meu povo
Eu peço de coração
O voto de vocês
Na próxima eleição.
Obrigado “persoal”
“Vamo” acabar com essa “cunverssa” de ladrão
Venham cá com a gente
Aprender as coisas da região.