sábado, 26 de julho de 2014

Rubeniando -Francisco Expedito.

“Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido” (Rubem Alves) .

O ser humano é capaz de educar-se simultaneamente. Através da educação aprendemos a conviver em sociedade e a mostrar o que somos. O conhecimento, as habilidades, as descobertas são simples aperfeiçoamento para a educação das sensibilidades. O ser humano detentor da sensibilidade é capaz de “olhar”, “enxergar”, o outro.
Entender a educação dessa forma nos possibilita a percepção de duas situações presentes no homem contemporâneo: de um lado, percebe um certo desencanto com os poderes, a lógica e as luzes da racionalidade; de outro lado, acredita-se que uma volta a sensibilidade pode trazer um revigoramento do processo de humanização ou ressignificação da humanidade.
            O homem que se orgulha de suas habilidades pouco sabe amar ou se é que já amou. Prezo a esse ato de que sabe tudo acaba esquecendo-se de pôr em prática tudo o que sabe afim de não perceber a utilidade daquele novo conhecimento no seu cotidiano. Não adianta ser tão conhecedor de suas habilidades, se não sabe ser sensível, não sabe olhar, enxergar, acertar os próprios erros.
Assim percebemos que a educação das habilidades, tal qual praticada pela era moderna representaria, apesar de todos os benefícios, uma ameaça crescente de desumanização e a educação das sensibilidades uma esperança de redescoberta do ser humano.

Francisco Expedito.

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