“Sem a educação das
sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido” (Rubem Alves) .
O ser humano é capaz de educar-se
simultaneamente. Através da educação aprendemos a conviver em sociedade e a
mostrar o que somos. O conhecimento, as habilidades, as descobertas são simples
aperfeiçoamento para a educação das sensibilidades. O ser humano detentor da
sensibilidade é capaz de “olhar”, “enxergar”, o outro.
Entender a educação dessa forma nos
possibilita a percepção de duas situações presentes no homem contemporâneo: de
um lado, percebe um certo desencanto com os poderes, a lógica e as luzes da
racionalidade; de outro lado, acredita-se que uma volta a sensibilidade pode
trazer um revigoramento do processo de humanização ou ressignificação da
humanidade.
O homem que se orgulha de suas
habilidades pouco sabe amar ou se é que já amou. Prezo a esse ato de que sabe
tudo acaba esquecendo-se de pôr em prática tudo o que sabe afim de não perceber
a utilidade daquele novo conhecimento no seu cotidiano. Não adianta ser tão
conhecedor de suas habilidades, se não sabe ser sensível, não sabe olhar,
enxergar, acertar os próprios erros.
Assim percebemos que a educação das
habilidades, tal qual praticada pela era moderna representaria, apesar de todos
os benefícios, uma ameaça crescente de desumanização e a educação das
sensibilidades uma esperança de redescoberta do ser humano.
Francisco Expedito.
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