LEANDRO - 95 ANOS DE ENCANTAMENTO
Há
exatos 95 anos (04 de março de 1918), falecia no Recife-PE o maior
expoente da Literatura de Cordel, o paraibano Leandro Gomes de Barros,
nascido em 1865. Foi Leandro quem forneceu 'régua e compasso' para toda
uma geração de grandes poetas que veio depois dele: José Camelo de Melo,
João Martins de Athayde, José Pacheco, Severino Milanês da Silva,
Delarme Monteiro... todos beberam na fonte de Leandro.
LEANDRO, O GRANDE PIONEIRO
Marco Haurélio
LEANDRO, O GRANDE PIONEIRO - O paraibano Leandro Gomes de Barros (1865 – 1918) é o maior clássico da poesia popular e uma das maiores glórias da cultura brasileira. Foi poeta prolífico e, embora muitos pesquisadores exagerem na estimativa de sua obra, sabe-se que ele legou à posteridade perto de um milhar de folhetos. A pouca familiaridade com a gramática não lhe foi empecilho para escrever obras-primas, como Os Sofrimentos de Alzira, onde lemos esta estrofe adornada por belas antíteses, que revelam o trágico destino da protagonista: Eu ficarei sobre um túmulo, O senhor num paraíso; Meus olhos gotejam lagrimas Seus lábios brotarão riso. No mais, aceite um adeus. Até o dia do juízo! Em O Cachorro dos Mortos, há a descrição de um crime passional do qual um cachorro é a única testemunha. No início do romance, Leandro deixa patente o seu respeito pela tradição (“antepassados”) e recorre a um expediente que se tornaria lugar-comum entre os poetas populares: o de ilustrar o prólogo da história com um adágio que remete ao motivo central. Vejamos: Os nossos antepassados Eram muito prevenidos Diziam: - Mato tem olhos E paredes têm ouvidos, Os crimes são descobertos, Por mais que sejam escondidos.
Marco Haurélio
LEANDRO, O GRANDE PIONEIRO - O paraibano Leandro Gomes de Barros (1865 – 1918) é o maior clássico da poesia popular e uma das maiores glórias da cultura brasileira. Foi poeta prolífico e, embora muitos pesquisadores exagerem na estimativa de sua obra, sabe-se que ele legou à posteridade perto de um milhar de folhetos. A pouca familiaridade com a gramática não lhe foi empecilho para escrever obras-primas, como Os Sofrimentos de Alzira, onde lemos esta estrofe adornada por belas antíteses, que revelam o trágico destino da protagonista: Eu ficarei sobre um túmulo, O senhor num paraíso; Meus olhos gotejam lagrimas Seus lábios brotarão riso. No mais, aceite um adeus. Até o dia do juízo! Em O Cachorro dos Mortos, há a descrição de um crime passional do qual um cachorro é a única testemunha. No início do romance, Leandro deixa patente o seu respeito pela tradição (“antepassados”) e recorre a um expediente que se tornaria lugar-comum entre os poetas populares: o de ilustrar o prólogo da história com um adágio que remete ao motivo central. Vejamos: Os nossos antepassados Eram muito prevenidos Diziam: - Mato tem olhos E paredes têm ouvidos, Os crimes são descobertos, Por mais que sejam escondidos.
( Texto disponível em http://acordacordel.blogspot.com.br/2013/03/leandro-95-anos-de-encantamento.html)
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