Dados históricos, literários e de
relatos pessoais comprovam a existência de um dos mais emocionantes, humanos e
tristes da história da humanidade, desde revoluções que datam o período
republicano no Brasil, refiro-me à guerra dos Canudos, ocorrida entre os anos
de 1896 a 1897, situada no sertão baiano, o movimento de cunho social, político
e religioso teve como líder o cearense Antônio Vicente Meneses Maciel.
Apelidado por Antônio Conselheiro ou de ainda Bom Jesus.
O advogado, professor, comerciante Antônio
Conselheiro saiu no ano de 1903 a busca de justiça para seu povo, andou
pregando missões religiosas e com aparência micênica, de um Bom Jesus.
Incentivou milhões de pessoas a lutarem por seus direitos, o que levou a
criação do arraial de Canudos, e de inúmeros seguidores de suas profecias.
Euclides da Cunha, jornalista e escritor,
foi enviado pelo jornal Folha de São Paulo, para registrar a luta que acontecia
naquele sertão, a qual expurgava o sangue dos mais pobres e injustiçados. Após
o seu trabalho, o Euclides lançou o livro Os
sertões, que hoje é considerado o grande marco do pré-modernismo no Brasil.
A produção literária do Euclides da
Cunha é de suma importância para a compreensão do contexto da guerra de Canudos,
luta entre os mais pobres, negros, escravizados, famílias carentes, mestiças,
homens tomados pelo poder da república e do outro lado os poderosos do
exército, coronéis e republicanos.
O
livro Os sertões é dividido em três
partes: a terra, o homem e a luta, que expressa didaticamente de forma
literária, a visão de um homem “construído pelo poder das palavras” que
transferiu para o papel tudo que os seus olhos alcançavam, desde sorrisos
irônicos, a expressão pública e sertanejos.
Assim através do livro, de documentários,
como Paixão e guerra no sertão de Canudos, que descreve todo o cenário
de horror e massacre vivenciado pelos canudenses, podemos conhecer de forma
profunda a dor, o sentimento de revolta
e opressão que realmente retrata o que
foi a guerra de Canudos encerrada em 5 de outubro de 1897, com últimos
sobreviventes: uma criança, um velho e dois adultos. Sintam-se convidados a ler
o livro Os sertões e conhecer pelas
palavras de Euclides da Cunha o que foi esse marco pré-modernista da história
do Brasil.
Anny Catarina Nobre de Souza - 3º ano .
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