Todos os dias, ao passar ali, paro e penso: “a
nossa vida é assim, em cada esquina uma esperança. Mas como podemos saber se
aquele era a esquina certa? Ariscar e tentar...”
É
assim que começa uma nova história, a cada esquina uma aprendizagem.
E
um certo dia, eu ali parada observando o vai e vem das pessoas, deparei-me com
alguém diferente, alguém que quando você olha nos olhos, sente realmente algo
novo. Então ao observar a expressão daqueles jovens, parecia que ali,
exatamente ali, nua esquina sem luxo, sem passar reis e rainhas, ali naquela
simples avenida, existiu algo que em nenhuma outra havia acontecido.
Então
ali surge uma nova esperança, mas como a vida real não como um conto de fadas,
nem todos têm final feliz. E como
acontece com todos, com aquele casal não seria diferente, eu via ali uma
esperança de uma mudança, porém são ingênuos, e sem saber o que a vida lhe
reservava, mas eu ali de longe acompanhava aqueles dois, a cada passo.
E
nua certa noite, lua brilhava clareando toda aquela terra e sem delongas
partiram os dois para viver, sem ninguém os atrapalhar, mas não sabiam o que a
próxima esquina esperava, sem rumo, sem saber o que fazer ou pra onde irem,
foram arriscar o mundo lá fora. Ao chegar num certo lugar, homens avistaram,
sem saber o que eles queriam, não veio com conversa fiada, foi logo puxando o
gatilho dizendo as seguintes palavras: “Nessas terras o amor não existe, trate
de voltar pra onde vinheram, porque se de lá já fugiram, aqui não vão querer passar
por perto, pegue suas tralhas e faça “finca pé”. Dalí saíram os jovens, sem
saber o que fazer na esquina errada, eles foram se meter.
Ao
andar mas um pouco chegaram a um local, sem saber se lá era certo, trataram de
virar, aquela esquina sem rumo eles foram entrar. Chegaram a imaginar que fizeram o pior erro
de suas vidas, ao se apaixonar. Com uma bala perdida sem saber de onde vinha o
jovem ao chão caiu, derramando uma
lágrima e dizendo pra sua amada, “fuja
saia daqui, proteja nosso futuro, e não deixe acabar aqui”.
Sem
saber o que aconteceu aqui deixo a vocês, o que acha que aquela jovem fez, se
fugiu ou se lutou pela história. Se
naquela esquina morreu a esperança de dois jovens. Bruna Maria Neves Rodrigues
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