Um menino de 7 anos chega para seu pai e lhe faz a seguinte pergunta:
- Papai, o senhor já quis ser uma mulher?
O pai como bom conservador do padrão o respondeu:
- Mas que absurdo é esse meu filho, desde quando eu um
cabra macho já pensou em ser mulher?! Mas qual motivo da pergunta?
O menino envergonhado responde:
-É porque ontem estava brincando no seu quarto e peguei
uma roupa da mamãe para vestir e ... bem eu gostei mais do que usar minhas
roupas.
- Ora, o que é isso, desde quando filho meu gosta de usar
roupa de mulher? Você é macho meu filho! Pare com essa besteira, não quero mais
você vestindo roupa de mulher.
O tempo passou e o menino já estava prestes a completar
16 anos e pede um presente a mãe que por consciência do destino seu pai acaba
escutando.
- Mãe, não consigo mais me encarar com esse corpo, sinto
que não faço parte dele. Gosto de ser uma menina, me deixa, mãe, ser uma
menina.
O pai entra com muita raiva na sala e grita:
- O que? Você é homem! Não irei admitir esse tipo de
baixaria na minha casa.
-Mas pai...
- Mas nada, se você quer se vestir como mulher ou o que
quer que seja, não será mais meu filho.
- Pai...
- Chega, se você quer se vestir como mulher não vai ser
na minha casa.
- Então eu estou indo embora, mas antes saiba que sempre
o enxerguei como um herói.
Então com lágrimas nos olhos o filho partiu.
Depois de dois dias, chega a notícia da morte do menino.
Ele se matou, porque o pai, ou melhor Eu, não fui capaz de ser o herói que o
meu filho sempre enxergou, pois na hora mais difícil da sua vida eu lhe
abandonei. Hoje, sei que é tarde para dizer, mas aceitaria meu filho como ele
desejaria ser, sem se importar se era “o” ou “a” ou mesmo o alfabeto inteiro,
só desejaria ter meu filho para eu ser o herói que ele tanto merecia
LÍDIA
HADIJA ALVES DE SOUZA -1°ANO MATUTINO
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