terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Fim de tarde


A cada fim de tarde
Me perco ao olhar o brilho do sol
Relembro coisas da infância 
Saudosa sinto o cheiro de relva
O balanço da rede a acalentar minha alma
Os raios solares me levam a um tempo
Em que meu herói não tinha virado traços de um ser que nunca existiu
O som da mata virgem ressoa em meus ouvidos
O latido do meu leal amigo me visita
A lembrança do meu amigo de pelo que me deixou aparece
A saudade da menina mulher que fui permanece
Na aurora do dia seguinte
A certeza de que a vida me permite viver
Novas e emocionantes histórias
Tomam conta de mim
E fazem da minha existência
Um eterno aprender
Até que eu veja e viva
Minha última tarde.

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