terça-feira, 19 de dezembro de 2017
terça-feira, 31 de outubro de 2017
Naquela esquina - Bruna Maria Neves Rodrigues
Todos os dias, ao passar ali, paro e penso: “a
nossa vida é assim, em cada esquina uma esperança. Mas como podemos saber se
aquele era a esquina certa? Ariscar e tentar...”
É
assim que começa uma nova história, a cada esquina uma aprendizagem.
E
um certo dia, eu ali parada observando o vai e vem das pessoas, deparei-me com
alguém diferente, alguém que quando você olha nos olhos, sente realmente algo
novo. Então ao observar a expressão daqueles jovens, parecia que ali,
exatamente ali, nua esquina sem luxo, sem passar reis e rainhas, ali naquela
simples avenida, existiu algo que em nenhuma outra havia acontecido.
Então
ali surge uma nova esperança, mas como a vida real não como um conto de fadas,
nem todos têm final feliz. E como
acontece com todos, com aquele casal não seria diferente, eu via ali uma
esperança de uma mudança, porém são ingênuos, e sem saber o que a vida lhe
reservava, mas eu ali de longe acompanhava aqueles dois, a cada passo.
E
nua certa noite, lua brilhava clareando toda aquela terra e sem delongas
partiram os dois para viver, sem ninguém os atrapalhar, mas não sabiam o que a
próxima esquina esperava, sem rumo, sem saber o que fazer ou pra onde irem,
foram arriscar o mundo lá fora. Ao chegar num certo lugar, homens avistaram,
sem saber o que eles queriam, não veio com conversa fiada, foi logo puxando o
gatilho dizendo as seguintes palavras: “Nessas terras o amor não existe, trate
de voltar pra onde vinheram, porque se de lá já fugiram, aqui não vão querer passar
por perto, pegue suas tralhas e faça “finca pé”. Dalí saíram os jovens, sem
saber o que fazer na esquina errada, eles foram se meter.
Ao
andar mas um pouco chegaram a um local, sem saber se lá era certo, trataram de
virar, aquela esquina sem rumo eles foram entrar. Chegaram a imaginar que fizeram o pior erro
de suas vidas, ao se apaixonar. Com uma bala perdida sem saber de onde vinha o
jovem ao chão caiu, derramando uma
lágrima e dizendo pra sua amada, “fuja
saia daqui, proteja nosso futuro, e não deixe acabar aqui”.
Sem
saber o que aconteceu aqui deixo a vocês, o que acha que aquela jovem fez, se
fugiu ou se lutou pela história. Se
naquela esquina morreu a esperança de dois jovens. Bruna Maria Neves Rodrigues
O herói covarde - Lídia Hadija Alves de Souza
Um menino de 7 anos chega para seu pai e lhe faz a seguinte pergunta:
- Papai, o senhor já quis ser uma mulher?
O pai como bom conservador do padrão o respondeu:
- Mas que absurdo é esse meu filho, desde quando eu um
cabra macho já pensou em ser mulher?! Mas qual motivo da pergunta?
O menino envergonhado responde:
-É porque ontem estava brincando no seu quarto e peguei
uma roupa da mamãe para vestir e ... bem eu gostei mais do que usar minhas
roupas.
- Ora, o que é isso, desde quando filho meu gosta de usar
roupa de mulher? Você é macho meu filho! Pare com essa besteira, não quero mais
você vestindo roupa de mulher.
O tempo passou e o menino já estava prestes a completar
16 anos e pede um presente a mãe que por consciência do destino seu pai acaba
escutando.
- Mãe, não consigo mais me encarar com esse corpo, sinto
que não faço parte dele. Gosto de ser uma menina, me deixa, mãe, ser uma
menina.
O pai entra com muita raiva na sala e grita:
- O que? Você é homem! Não irei admitir esse tipo de
baixaria na minha casa.
-Mas pai...
- Mas nada, se você quer se vestir como mulher ou o que
quer que seja, não será mais meu filho.
- Pai...
- Chega, se você quer se vestir como mulher não vai ser
na minha casa.
- Então eu estou indo embora, mas antes saiba que sempre
o enxerguei como um herói.
Então com lágrimas nos olhos o filho partiu.
Depois de dois dias, chega a notícia da morte do menino.
Ele se matou, porque o pai, ou melhor Eu, não fui capaz de ser o herói que o
meu filho sempre enxergou, pois na hora mais difícil da sua vida eu lhe
abandonei. Hoje, sei que é tarde para dizer, mas aceitaria meu filho como ele
desejaria ser, sem se importar se era “o” ou “a” ou mesmo o alfabeto inteiro,
só desejaria ter meu filho para eu ser o herói que ele tanto merecia
LÍDIA
HADIJA ALVES DE SOUZA -1°ANO MATUTINO
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
FREEPIK
Esse site Freepik tem vários modelos editáveis de artes, banner e etc
http://br.freepik.com/index.php?goto=2&searchform=1&k=cat%C3%A1logo&type=&is_selection=&is_premium=&color=&order=
quinta-feira, 15 de junho de 2017
Feliz dia dos namorados! Smally Galvão
No dia dos namorados que sejamos bem
mais que presentes e bem menos que uma obrigação. Que sejamos felizes pelo
simples fato de olhar nos olhos daquela pessoa que nos faz bem e dizer: muito
obrigado por ficar e acreditar. Muito obrigado por fazer de todas as manhãs,
uma manhã única e diferente. Por me acompanhar nas conchinhas noturnas e fazer
dos meus pesadelos apenas sustos no meio da madrugada.
Não existem casais de comercial de
margarina, mesmo porque são apenas isso: teatro para vender mais e melhor. O
que existe é aquela discussão chata, o dinheiro menor que o mês. A falta de
tempo pra um carinho e um filme juntos. Uma escapada para acalmar o espírito em
meio a gemidos e sussurros, que fazem daquela pessoa, independente se vivendo
conosco há tantos anos, alguém a ser surpreendido da melhor forma.
Por mais que seja uma data comercial e
tal e todo o blá, blá, blá a respeito do consumismo, não custa nada correr
menos. Debrear na ladeira da vida e dar um pouco mais de atenção a quem nos
emocionou uma vez e sempre. No primeiro olhar, no sorriso que tínhamos certeza
que era nosso, no abraço com encaixe e destino certo. Quis o calendário que o
dia dos namorados caísse numa segunda-feira, o mais difícil dos dias pra quem
conhece o significado da palavra fim de semana. Mas, mesmo assim vamos pegar na
mão, beijar gostoso e abraçar com sentimento e verdade esse namorado ou
namorada que faz da nossa vida bem menos enfadada do que poderia ser, sem amor,
sem carinho, sem alguém.
Se o namoro é de dias, de meses, de anos.
Se ele se chama namoro, noivado, casamento ou amizade. Colorida ou não. Que
comemoremos esse dia com tudo o que temos: sorvete, pipoca, Netflix,
dissertações, escrituras, provas, vades mecuns, maleta de maquiagem, chicotes,
amassos , banco do carro, cama redonda, chuveiro, almoço, jantar, abraço
apertado, a gente se vê e que saudade.
Que sejamos felizes no infinito do tempo
que nos cabe na ampulheta da vida. Que posamos ser felizes vendo o outro que
está conosco feliz pela nossa companhia ou pela nossa loucura cotidiana. De ataques
pela falta de chocolate àquela TPM básica ou mesmo a derrota do time e da maior
das tiranas e necessárias ressacas. Que o beijo seja sempre mais gostoso por
ser diferente de todos os outros na mesma pessoa escolhida e amada incondicionalmente.
Na eternidade enquanto dura.
Feliz dia dos namorados!
Pra Nunca Mais Tu me Deixar / Poema Incidental: Saudade é um Parafuso (Antônio Pereira).
Saudade é um parafuso
Que quando na rosca cai
Só entra se for torcendo
Porque batendo não vai
Depois que enferruja dentro
Nem distorcendo não sai
Pra Nunca Mais Tu me Deixar
Quando a saudade chega junto com o desejo
Vem a vontade de querer te abraçar
Sinto na boca o gosto doce do teu beijo
Tanta saudade do teu jeito de me amar
Vem na lembrança o nosso banho no chuveiro
Em pensamento eu até posso te tocar
Ah! Se eu pudesse corria pra tu ligeiro
E nunca mais eu deixava tu me deixar
Ah! Se eu soubesse onde estás agora
Ia correndo te buscar
Pra nunca mais tu ir embora
E nunca mais eu deixava tu me deixar
Fonte http://www.santannacantador.com.br/letras/letras.php?id=98
segunda-feira, 15 de maio de 2017
Vanguardas europeias - Viviane Kalyne
As vanguardas europeias foram movimentos artístico-literários surgidos no início do século XX, quando os artistas abandonaram sua antiga forma de arte, apresentaram novas obras com diferentes sentidos, novas tendências, a chamada Arte Moderna, a qual criou suas próprias regras, influenciando artistas do mundo todo.
As principais vanguardas são: Futurismo, Cubismo, Abstracionismo, Fauvismo, Impressionismo, Expressionismo e o Surrealismo. No Impressionismo os artistas se empenharam em registrar a impressão momentânea , dispensando as técnicas tradicionais, diferente do Expressionismo, que a pintura não representava mais algo real, geravam novas formas e expressavam o sentimento do artista.
No Futurismo, desvalorizavam a tradição e o moralismo, tinham a propaganda a propaganda como principal forma de comunicação, usavam a ideia de velocidade nas obras, valorizavam o desenvolvimento industrial e tecnológico. O Dadaísmo era considerada a radicalização das vanguardas, eram contra o capitalismo burguês e a guerra promovida com motivação do capitalismo, qualquer objeto seria arte. Já o Fauvismo, usavam cores intensas, tranquilidade e equilíbrio nas obras, retratavam cenas do cotidiano, traços largos e cenas ao ar livre. No Abstracionismo, tinham um sentimento mais violento com pinceladas rápidas e cores fortes. Temos também o Surrealismo, que usavam temas surreais, do imaginário, baseados em sonhos, inconsciente e buscavam a perfeição das cores e do desenho. E o Cubismo, com fortes cores, tons arrojados, usavam formas geométricas com ângulos e uma representação do espaço tridimensional.
As principais obras vanguardistas são: Homem com violão – Georges Braque, Madame Matisse – Henri Matisse, Autorretrato – Van Gogh, Composição VII – Wassily Kandinsky, Cena de um cão anda-luz - Luís Buñuel, “Isto não é um cachimbo” – René Magritte, entre outras.
Então, as vanguardas apresentaram ao mundo uma nova maneira de fazer arte, baseada na liberdade da criação e rompimento com o passado cultural tradicional, tendo assim, sua importância para os artistas de novas gerações.
Viviane Kalyne
terça-feira, 11 de abril de 2017
Depois do sol... Cecília Meireles
Fez-se noite com tal mistério,
Tão sem rumor, tão devagar,
Que o crepúsculo é como um luar
Iluminando um cemitério . . .
Tão sem rumor, tão devagar,
Que o crepúsculo é como um luar
Iluminando um cemitério . . .
Tudo imóvel . . . Serenidades . . .
Que tristeza, nos sonhos meus!
E quanto choro e quanto adeus
Neste mar de infelicidades!
Que tristeza, nos sonhos meus!
E quanto choro e quanto adeus
Neste mar de infelicidades!
Oh! Paisagens minhas de antanho . . .
Velhas, velhas . . . Nem vivem mais . . .
— As nuvens passam desiguais,
Com sonolência de rebanho . . .
Velhas, velhas . . . Nem vivem mais . . .
— As nuvens passam desiguais,
Com sonolência de rebanho . . .
Seres e coisas vão-se embora . . .
E, na auréola triste do luar,
Anda a lua, tão devagar,
Que parece Nossa Senhora
Pelos silêncios a sonhar...
E, na auréola triste do luar,
Anda a lua, tão devagar,
Que parece Nossa Senhora
Pelos silêncios a sonhar...
A verdadeira estrada - Viviane Kalyne
Moço, não
estou tentando roubá-la de você,
Só entenda
que pelo meu coração não posso escolher.
Estou nessa
estrada sozinha há muito tempo,
Meus pais
não aceitam, dizem que é coisa de momento.
Me diz você,
moço. Por ser uma mulher, eu sou obrigada a ter uma família tradicional?
Me diz,
moço. Eu não posso amar a sua filha porque você é intolerante a todas as formas
de amor?
Não seja
irracional, posso até te entender mas prefiro acreditar que está sendo
protetor.
Esse amor
não vai acabar só porque você não consegue aceitar.
Entenda,
moço. Ser lésbica não é errado.
Errado é
você pensar que nos xingar vai fazer a gente parar de se amar.
Respeite as
diferenças do amor e por favor só volte aqui quando perceber que ela caminha na
mesma estrada que a minha e que não é você que escolhe, moço, porque ela já
escolheu.
A dona do
sorriso dela não é nenhum homem, sou eu.
quinta-feira, 16 de março de 2017
Mensagem enviada via WhatsApp sem identificação do autor
"Um casal vivia o Sacramento do Matrimônio muito bem, vinte anos de casados. Um dia aconteceu um incêndio violento na casa. Os vizinhos chamaram os bombeiros, a mulher e o marido foram ao hospital. Dias depois, os médicos disseram ao marido:
- Nós conseguimos salvar a sua esposa, mas ela está irreconhecível: da cintura pra cima é um engruvinhado de pele, a boca deformada, perdeu um pedaço do nariz, da orelha. Vai ser difícil ajudarmos sua mulher a retomar a sua vida.
Ele disse com voz baixa:
- Eu também sofri muito com esse fogo. Afinal, estou cego.
Foram para a casa que ganharam com a ajuda dos parentes e amigos, mas não saíam de casa. Ela ficou totalmente deformada. Viveram juntos mais dezessete anos, quando a esposa veio a falecer.
No velório, qual não foi a surpresa dos parentes e amigos! Ele estava sem os óculos e sem a bengala: não tinha ficado cego. Mas ele sabia que aquela esposa jamais conseguiria sentir-se verdadeiramente amada se soubesse que ele estava enxergando a sua deformidade.
Amar é isso: amar é ter coragem de fazer-se de cego para que o outro enxergue a luz."
Amar...
É parar de enxerga defeitos nos outros, pois muitas vezes o nosso é maior ou até pior que o dos outros.
Amar...
É amar seu próximo mesmo com tantos defeitos.
Este exemplo é digno de ser partilhado.
- Nós conseguimos salvar a sua esposa, mas ela está irreconhecível: da cintura pra cima é um engruvinhado de pele, a boca deformada, perdeu um pedaço do nariz, da orelha. Vai ser difícil ajudarmos sua mulher a retomar a sua vida.
Ele disse com voz baixa:
- Eu também sofri muito com esse fogo. Afinal, estou cego.
Foram para a casa que ganharam com a ajuda dos parentes e amigos, mas não saíam de casa. Ela ficou totalmente deformada. Viveram juntos mais dezessete anos, quando a esposa veio a falecer.
No velório, qual não foi a surpresa dos parentes e amigos! Ele estava sem os óculos e sem a bengala: não tinha ficado cego. Mas ele sabia que aquela esposa jamais conseguiria sentir-se verdadeiramente amada se soubesse que ele estava enxergando a sua deformidade.
Amar é isso: amar é ter coragem de fazer-se de cego para que o outro enxergue a luz."
Amar...
É parar de enxerga defeitos nos outros, pois muitas vezes o nosso é maior ou até pior que o dos outros.
Amar...
É amar seu próximo mesmo com tantos defeitos.
Este exemplo é digno de ser partilhado.
sábado, 11 de março de 2017
O encontro - João Paulo Nogueira
Um par de olhos...úmidos;
Uma boca...úmida;
Um desejo.
Olhos que se encontram,
Bocas que se desejam.
Peles que se resvalam, quentes;
Corpos que se desejam...
Palavras que se perdem no pensamento
E num instante...somem...somem...
Dois pares de olhos, duas bocas, dois corpos...
Um desejo.
Entrega longa, lenta, longe...
E no céu, deslizam na mais bela brincadeira:
Sonhos, estrelas, nuvens e a lua.
Na terra, o amor se realiza:
Quente como o sol, belo como a lua.
Uma boca...úmida;
Um desejo.
Olhos que se encontram,
Bocas que se desejam.
Peles que se resvalam, quentes;
Corpos que se desejam...
Palavras que se perdem no pensamento
E num instante...somem...somem...
Dois pares de olhos, duas bocas, dois corpos...
Um desejo.
Entrega longa, lenta, longe...
E no céu, deslizam na mais bela brincadeira:
Sonhos, estrelas, nuvens e a lua.
Na terra, o amor se realiza:
Quente como o sol, belo como a lua.
João Paulo Nogueira
Mestre em Língua Portuguesa, professor ,poeta e um apaixonado pela literatura
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