

TRILOGIA HOMENAGEIA O REI DO BAIÃO
Lua Music lança 50 versões inéditas de músicas de Luiz Gonzaga com artistas de diferentes gerações

É talvez o mais lembrado centenário de 2012, que marca ainda um século de artistas como o cineasta Amâncio Mazzaropi, o compositor Herivelton Martins e o dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues. Este mês, mais um necessário lançamento em CD vem somando pontos para Luiz: "100 anos de Gonzagão", da gravadora Lua Music. O álbum triplo traz 50 regravações inéditas de músicas do repertório do Rei do Baião, dando sequência à serie da gravadora que em 2009 homenageou os 100 anos de Ataulfo Alves, em 2010, de Adoniran Barbosa e, no ano seguinte, o centenário de Nelson Cavaquinho.
O projeto tem direção musical e arranjos de Rovilson Pascoal e André Bedurê, sob produção artística e executiva de Thiago Marques Luiz. Seguindo a linha dos discos sob orientação de Thiago, o triplo de Luiz Gonzaga reúne artistas de diferentes gerações e estilos, alargando as possibilidades de interpretações da obra do mestre. A seleção é dedicada a Dominguinhos, "o maior seguidor da herança musical deixada por Luiz Gonzaga", cita o encarte.
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Leia matéria completa aqui:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1163276
Cultura popular não pode ser existir sem a associação com o legado nos deixado por Luiz Gonzaga.
Através de uma visita ao Acorda Cordel tive a oportunidade de saber que 8 obras do autor cearense José de Alencar foram adaptadas para cordel,não li ainda os textos em forma de cordel,mas desejo ler em breve.Essa iniciativa demonstra como o poder criador dos cordelistas é grande e aproxima os leitores de obras clássicas do romantismo brasileiro.Foram as obras adaptadas:Iracema,O guarani,Senhora,O tronco do ipê,Ubirajara,Lucíola,A viuvinha,O sertanejo.
Conforme o blog mencionado acima,as adaptações das obras alencarianas são assim anunciadas:
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A coleção ALENCAR NAS RIMAS DO CORDEL é composta de oito adaptações em cordel de romances do escritor cearense José de Alencar (1829-1877), selecionados entre os títulos mais relevantes de sua produção literária. Levando em conta a diversidade de temáticas, foram escolhidos três romances indianistas, três urbanos/de costumes e dois regionalistas. Oito cordelistas de reconhecimento notório no meio literário foram selecionados para assinar as versões:
Títulos da Coleção
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Adaptadores
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Iracema
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Stélio Torquato
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O Guarani
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Fernando Paixão
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Ubirajara
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Godofredo
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Lucíola
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Marco Haurélio
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A Viuvinha
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Rouxinol do Rinaré
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Senhora
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Gadelha do cordel
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O Sertanejo
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Evaristo Geraldo
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O Tronco do Ipê
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Arievaldo Viana
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José de Alencar é um dos escritores cearenses de maior relevância no cenário nacional. Considerado por muito analistas como o fundador de uma literatura nacional, suas obras podem ser classificadas dentro de quatro tendências: indianistas, urbanas/de costumes, regionais e históricas. Um dos primeiros a explorar temáticas brasileiras como a fauna, a flora, o elemento indígena, a obra de Alencar foi decisiva para criar uma feição nacionalista nas letras, valorizando a língua portuguesa e a cultura brasileira. A obra de José de Alencar oferece subsídios para entendimento da formação da sociedade brasileira, sobretudo em relação ao elemento indígena e suas relações com o colonizador. É importante, porém, fazer uma leitura crítica, considerado a época em que as obras foram escritas e as interpretações da historiografia atual para os contextos expostos.
O cordel teve, ao longo do tempo, estreita ligação com obras literárias em prosa. Desde o século XIX, histórias europeias e orientais vêm sendo adaptadas em verso por poetas nordestinos, constituindo-se no primeiro ciclo temático do cordel. A adaptação de romances em cordel facilita o acesso a obras da literatura erudita, sendo extremamente oportuna sua utilização na sala de aula e em projetos de leitura. Além de atrair o leitor, por se utilizar de uma forma de expressão já conhecida e apreciada, constituem-se em um estimulo a para uma leitura posterior da obra original. Em relação ao romance brasileiro, um dos primeiros adaptados para o cordel foi Iracema, pelo poeta Alfredo Pessoa, em 1927. O livreto alcançou grande popularidade, sendo responsável por difundir a obra de Alencar em um circuito de leitores oriundos da zona rural, com pouco grau de instrução formal. Inspirado nessa experiência pioneira, esta coleção objetiva a difusão da obra do escritor, da literatura de cordel, bem como os estudos críticos relacionados aos contextos históricos e sociais.
Nota: A coleção ALENCAR NAS RIMAS DO CORDEL integra o catálogo do ARMAZÉM DA CULTURA."
Texto e imagens disponíveis no blog http://acordacordel.blogspot.com.br/
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