quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Cultura:Luiz Gonzaga ,literatura clássica e cordel







TRILOGIA HOMENAGEIA O REI DO BAIÃO

Lua Music lança 50 versões inéditas de músicas de Luiz Gonzaga com artistas de diferentes gerações

Em meio às homenagens que desde o ano passado antecipam o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga (a ser comemorado dia 13 de dezembro deste ano) - lembrado em festivais, medalhas de mérito, coleções de moda, livros, exposições e em espetáculos - vale destacar os lançamentos de discos com sua obra. Do mais simplório, como a coletânea "Gilberto Gil canta Luiz Gonzaga" (pela Warner Music, que reuniu versões já gravadas pelo baiano da obra do Rei), ao projeto de fôlego anunciado pela Sony, que até setembro devolverá às prateleiras o catálogo completo de Gonzagão (incluindo 60 álbuns e compilações de discos originalmente em 78 rotações), os lançamentos apontam para um dado seguro: a popularidade do mestre Lua continua em alta.

É talvez o mais lembrado centenário de 2012, que marca ainda um século de artistas como o cineasta Amâncio Mazzaropi, o compositor Herivelton Martins e o dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues. Este mês, mais um necessário lançamento em CD vem somando pontos para Luiz: "100 anos de Gonzagão", da gravadora Lua Music. O álbum triplo traz 50 regravações inéditas de músicas do repertório do Rei do Baião, dando sequência à serie da gravadora que em 2009 homenageou os 100 anos de Ataulfo Alves, em 2010, de Adoniran Barbosa e, no ano seguinte, o centenário de Nelson Cavaquinho.

O projeto tem direção musical e arranjos de Rovilson Pascoal e André Bedurê, sob produção artística e executiva de Thiago Marques Luiz. Seguindo a linha dos discos sob orientação de Thiago, o triplo de Luiz Gonzaga reúne artistas de diferentes gerações e estilos, alargando as possibilidades de interpretações da obra do mestre. A seleção é dedicada a Dominguinhos, "o maior seguidor da herança musical deixada por Luiz Gonzaga", cita o encarte.

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Leia matéria completa aqui:

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1163276


Cultura popular não pode ser existir sem a associação com o legado nos deixado por Luiz Gonzaga.
 Através de uma visita ao Acorda Cordel tive a oportunidade de saber que 8 obras do autor cearense José de Alencar foram adaptadas para cordel,não li ainda os textos em forma de cordel,mas desejo ler em breve.Essa iniciativa demonstra como o poder criador dos cordelistas é grande e aproxima os leitores de obras clássicas do romantismo brasileiro.Foram as obras adaptadas:Iracema,O guarani,Senhora,O tronco do ipê,Ubirajara,Lucíola,A viuvinha,O sertanejo.
Conforme o blog mencionado acima,as adaptações das obras alencarianas  são assim anunciadas:
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A coleção ALENCAR NAS RIMAS DO CORDEL é composta de oito adaptações em cordel de romances do escritor cearense José de Alencar (1829-1877), selecionados entre os títulos mais relevantes de sua produção literária. Levando em conta a diversidade de temáticas, foram escolhidos três romances indianistas, três urbanos/de costumes e dois regionalistas. Oito cordelistas de reconhecimento notório no meio literário foram selecionados para assinar as versões:

Títulos da Coleção
Adaptadores
Iracema
Stélio Torquato
O Guarani
Fernando Paixão
Ubirajara
Godofredo
Lucíola
Marco Haurélio
A Viuvinha
Rouxinol do Rinaré
Senhora
Gadelha do cordel
O Sertanejo
Evaristo Geraldo
O Tronco do Ipê
Arievaldo Viana

José de Alencar é um dos escritores cearenses de maior relevância no cenário nacional. Considerado por muito analistas como o fundador de uma literatura nacional, suas obras podem ser classificadas dentro de quatro tendências: indianistas, urbanas/de costumes, regionais e históricas. Um dos primeiros a explorar temáticas brasileiras como a fauna, a flora, o elemento indígena, a obra de Alencar foi decisiva para criar uma feição nacionalista nas letras, valorizando a língua portuguesa e a cultura brasileira. A obra de José de Alencar oferece subsídios para entendimento da formação da sociedade brasileira, sobretudo em relação ao elemento indígena e suas relações com o colonizador. É importante, porém, fazer uma leitura crítica, considerado a época em que as obras foram escritas e as interpretações da historiografia atual para os contextos expostos.

O cordel teve, ao longo do tempo, estreita ligação com obras literárias em prosa. Desde o século XIX, histórias europeias e orientais vêm sendo adaptadas em verso por poetas nordestinos, constituindo-se no primeiro ciclo temático do cordel. A adaptação de romances em cordel facilita o acesso a obras da literatura erudita, sendo extremamente oportuna sua utilização na sala de aula e em projetos de leitura. Além de atrair o leitor, por se utilizar de uma forma de expressão já conhecida e apreciada, constituem-se em um estimulo a para uma leitura posterior da obra original. Em relação ao romance brasileiro, um dos primeiros adaptados para o cordel foi Iracema, pelo poeta Alfredo Pessoa, em 1927. O livreto alcançou grande popularidade, sendo responsável por difundir a obra de Alencar em um circuito de leitores oriundos da zona rural, com pouco grau de instrução formal. Inspirado nessa experiência pioneira, esta coleção objetiva a difusão da obra do escritor, da literatura de cordel, bem como os estudos críticos relacionados aos contextos históricos e sociais.
Nota: A coleção ALENCAR NAS RIMAS DO CORDEL integra o catálogo do ARMAZÉM DA CULTURA."
Texto e imagens disponíveis no blog http://acordacordel.blogspot.com.br/

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